Friday, August 17, 2018

Taag Reinventando a Roda

Viajar em voo internacional pela Taag nos dias de hoje não é um privilegio para qualquer Angolano.

Em um pais onde o salário mínimo não passa dos Akz 35.000,00 e o base do presidente da República a data de Agosto de 2017, era de 640 mil Kwanzas, equivalentes naquela altura a 3.450 Euros, o preço do bilhete mais básico da Taag de Luanda a Lisboa está exactamente a 680.441,00 Kwanzas.

Os preços da Taag soa a provocação barata a compreensão de qualquer comum mortal. Nos dias de hoje fica literalmente mais acessível voar com qualquer outra companhia aérea internacional, desfrutar de melhores serviços e acomodação do que pela de bandeira.

Desde Janeiro que a Taag vem tropeçando em desculpas pouco convincente para justificar o preço das passagens aéreas. Naquela altura o Ministro dos Transportes dizia que o principal motivo prendia-se com o custo do combustível, que representa perto de 30% das despesas operacionais da Taag.

Outro representante da Taag afirmou recentemente que os custos do bilhete da companhia, não se prevê que venham a baixar tão cedo por acreditar que os mesmos não tenham sofrido grandes alterações, com excepção dos mesmos estarem apenas a ser influenciado pelo regime do cambio flutuante para além dos custos operacionais.

Talvez os homens da Taag tenham explicações mais convincentes que não está a ser possível partilhar com os utentes, mas até a entrada da nova gestão da Taag fomos convencidos de que a empresa tinha cortado em muito dos custos operacionais e que estava agora no bom caminho para rentabilização da companhia. Pelo menos, a mais de 1 ano que o preço dos combustíveis não foi alterado, pelo que fica difícil entender a subita relação do preço com o custo dos combustíveis.

Por outro lado, os preços dos bilhetes da Taag rondaram até um passado muito recente a custos não superiores a 1300 Euros, fica agora quase impossível acreditar que um bilhete sai de 700 ou 1300 Euros para cerca de 2300 na classe económica e ainda assim se dizer não houve diferença significativa no preço.

Diz-se que se deve dar a Cesar o que é de Cesar, mas ver a TAAG a fazer voos internacionais com pouco mais da metade da capacidade das aeronaves, deixa na duvida se de facto as pessoas que têm a responsabilidade de tornar o negocio mais rentável estão a faze-lo como deve ser.

As nossas mamas zungeiras, sabem muito bem que entre voltar para casa com um produto perecível com poucas chances de se manter conservado no dia seguinte ou vende-lo pelo preço que o mercado está disponível a dar, mesmo que não signifique lucro, sempre é melhor do que assumir as perdas na totalidade.

Como uma companhia como a TAAG não consegue fazer uma gestão das cadeiras para evitar levantar voos para destinos de muita procura com o aviao quase as moscas? Até onde soubemos, na nossa fraca compreensão de leigos na matéria, em termos de rendimento, voar com 50 passageiros a pagar 650.000 há de ser sempre menos lucrativo do que voar com 220 a pagar 250.000 Kwanzas. Se a Taag não sabe disto sugiro colocar estes números na calculadora.

Em nossa opinião faz todo sentido que uma companhia que esteja verdadeiramente a procurar rentabilizar seus serviços, procure ajustar os seus preços de formas ao menos a cobrir a tarifa base do bilhete quando em jogo está a rentabilidade de todo um voo com custos operacionais elevados.











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