Tuesday, September 25, 2012

A Historia do Povo Bantu (Continuação)

História Bantu
Kubokuesa kuna Kimbundu
(Introdução ao Kimbundo)



O Kimbundu e os grupos linguísticos africanos; o grupo Bantu, inserido na família Congo-Cordofaniana.

A grande maioria dos linguistas está de acordo em como, no Continente Africano, as línguas se dividem por quatro grandes famílias: a Afroasiática (inclui as línguas Berberes do Norte de África, as Cushitas da Etiópia e da Somália e ainda as semitas, abrangendo o hebreu, o árabe e o aramaico), a Nilo-Sahariana (constituída pelo Sudanês, o Sahariano e o Songhai), a Niger-Congo ou Congo-Cordofaniana (inclui numerosos grupos predominantes para sul do Sahara, de que destacamos os Bantu, para sul do Equador) e Khoisan (línguas dos Pigmeus da floresta tropical do Congo Democrático e línguas faladas “com estalinhos” pelos povos !Kung, vulgarmente conhecidos como Hotentotes, Bosquímanos ou, em Angola, Mucancalas)[1]. O Kimbundu é uma língua do grupo Bantu, pertencendo à família linguística Niger-Congo ou Congo-Cordofaniana. é plural de muntu, radical comum a quase todas as línguas do grupo. Muntu quer dizer indivíduo, pessoa, ser humano, significando, portanto, bantu, indivíduos, pessoas ou seres humanos. Em Kimbundu, a palavra mutu significa pessoa, sendo o seu plural, atu, pessoas, gente. Pelos exemplos acima indicados, podemos desde já concluir que a principal característica das línguas Bantu é o facto da flexão – isto é, a formação do género, feminino ou masculino, e do número, singular ou plural – se fazer por meio de prefixos.
Nações Bantu de Angola 
Diferenças dialectais nos subgrupos mbundu: o kimbundu de Ambaka

O território de Angola situa-se quase exclusivamente dentro da área de difusão das línguas bantu. São nove as nações bantu de Angola, correspondendo a cada uma delas uma língua diferente:

Nação                                                                   Idioma


Bakongo                                                               Kikongo


Mbundu (ou Ambundu)                                          Kimbundu


Lunda-Tchokwe                                                     Tutchokwe


Ovimbundu                                                           Umbundu


Ganguela                                                              Tchiganguela


Nhaneka-Humbe                                                    Lunhaneka


Herero                                                                   Tchiherero


Ovambo                                                                 Ambo

Donga                                                                    Xindonga

De todas estas nações, só os territórios dos Mbundu, dos Ovimbundu e dos Nhaneka-Humbe se circunscrevem ao espaço angolano. Os das outras são todos atravessados pelas fronteiras políticas delineadas após a Conferência de Berlim de 1885. Os Bakongo, por exemplo, repartem-se pelos estados de Angola, Congo Democrático e Congo Popular, os Lunda-Tchokwe, cujo território é atravessado pelo rio Kassai, dividem-se entre Angola e o Congo Democrático, na província do Katanga (ex-Shaba), os Ganguela entre Angola e a Zâmbia e, finalmente, os Herero, os Ambo e os Donga, entre Angola e a Namíbia.Cada uma destas nações é dividida por diversos subgrupos, a cada um dos quais corresponde uma variante dialectal.

A nação Mbundu reparte-se por 11 subgrupos (ou etnias), disseminados pelas províncias de Luanda, Bengo, Malanje, Kuanza Norte e ainda pequenas bolsas no Uíge e no Kuanza Sul. São, portanto, 11 as variantes do Kimbundu, consoante a difusão geográfica dos 11 povos que constituem esta nação: Ngolas, Dembos, Jingas, Bondos, Bângalas, Songos, Ibacos, Luandas, Quibalas, Libolos e Quissamas.O Kimbundu, à semelhança das outras línguas bantu, não tem tradição escrita. Os primeiros a escrevê-la e a estudar-lhe as regras gramaticais foram os missionários capuchinhos e jesuítas de Ambaka. Fizeram-no com o fim de ensinar a língua portuguesa e o catecismo aos africanos. Foram eles que introduziram os princípios ortográficos ainda hoje vigentes.Nos séculos XIX e XX surgem estudiosos do Kimbundu, de onde destacamos Héli Chatelain, Cordeiro da Matta, António de Assis Júnior e Óscar Ribas.

Ortografia e fonologia
 
O Kimbundu deve sempre grafar-se com escrita sónica. As cinco vogais, a, e, i, o, u, são todas abertas. Antes de outra vogal, ie u funcionam como semi-vogais.mbcomo em mbambi, “gazela”, “frio”nvcomo em nvula, “chuva”nd como em ndandu, “parente”ngcomo em ngiji, “rio”nj como em njila, “pássaro”, “caminho”h como em hima, “macaco”, distinto de ima, “coisas”O m e o n servem para nasalar, daí que tenham surgido, por exemplo, vocábulos como Angola derivado de ngola (rei) ou embondeiro derivado de mbondo (árvore).O h é sempre aspirado, como em henda (graça, misericórdia).O r é sempre brando e pode ser trocado por d ou, menos frequentemente, por l. Por exemplo, kitari ou kitadi (dinheiro), ditadi ou ritari (pedra); kudia ou kuria (comer); kolombolo ou koromboro (galo).O k substitui sempre o q da língua portuguesa, bem como o c antes de a, o e u.O g nunca tem o valor de j, mesmo antes de e ou i. Ndenge (mais novo) e ngindu (trança) lêm-se ndengue e nguindu.O som nh deve, em nosso entender, escrever-se como em português, embora haja quem escreva ni ou ny. Por exemplo, dikanha, dikania ou dikanya (tabaco).Não vemos, de resto, necessidade do emprego do y em Kimbundu, embora certos autores o usem enquanto prefixo para fazer o plural de ki. Em tal caso sugerimos a grafia i.

Artigo continua...

(Este continua sendo um texto retirado do site Inzo Tumbansi)

Monday, September 17, 2012

Quem inventou o telefone?



Antonio Meucci.

Um inventor Florentino erratico e por vezes brilhante, Meucci chegou aos Estados Unidos em 1850. Em 1860, Meucci fez pela primeira vez demonstração do modelo de um aparelho electronico a que deu o nome de Teletrofono. Ele apresentou um embargo (uma espécie de patente provisoria) em 1871, cinco anos antes da patente do telefone, de Alexander Graham Bell.

No mesmo ano, Meucci adoeceu após ter sofrido queimaduras na sequência da explosão da caldeira do ferry boat de Staten Island. Incapaz de falar corretamente inglês, e a viver da caridade alheia, Meucci não enviou os 10 dólares necessários para a renovação da patente provisória, em 1874.

Quando a patente de Bell foi registada em 1876, Meucci processou-o. Ele tinha enviado os seus rascunhos originais e os seus protótipos para o laboratório na Western Union. Por uma incrível coincidência, Bell trabalhava precisamente neste laboratório, e os modelos haviam desaparecido sem deixar rastos.

Meucci faleceu em 1889, enquanto o seu processo contra Bell ainda decorria. Consequentemente, foi Bell, e não Meucci, quem ganhou reconhecimento pela invenção. Em 2004, o equilíbrio foi parcialmente reposto pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos que aprovou uma resolução afirmando que “a vida e os feitos de António Meucci deviam ser reconhecidos, e o seu trabalho na invenção do telefone devia receber o devido crédito.”

Não é que Bell fosse uma autentica fraude. Em novo, ele ensinou o seu cão a dizer “Como estás, avozinha?”, de modo a comunicar com a avo quando esta se encontrava noutra divisão da casa. E fez do telefone um instrumento pratico.

Como o seu amigo Thomas Edison, Bell era implacável na busca pela inovação. E, tal como Edison, nem sempre tinha sucesso. O seu detector de metais não foi capaz de localizar a bala no corpo do Presidente James Garfield. Parece que as molas metálicas da cama do Presidente confundiram o aparelho de Bell.

(John Lloyd e John Mitchinson)

Sunday, September 16, 2012

Angolano morre ao tentar viajar como passageiro clandestino na BA



Morreu na madrugada de domingo passado um passageiro proveniente de Angola em um dos aviões da companhia aerea Britanica de bandeira. Até ao momento não se sabe da identidade do mesmo, apenas que o cidadão de sexo masculino se fez transportar de Luanda a Londres como passageiro clandestino entre as rodas do avião.

O corpo do individuo foi encontrado em uma das ruas do suburbio Londrino de East Sheen, na Portman Avenue, supondo-se que tenha caido quando o avião tivera liberado os trens de aterragens ja na faze final das 4000 milhas de distancia que separam Luanda de Londres.

Até ao momento continua sendo um mistério para as autoridades Londrinas identificar o individuo devido ao estado desfigurado em que se encontra o cadaver e ao facto de não trazer documentos com ele. O unico vestigio que permitiu levantar a suspeita sobre a origem do individo é a quantidade volumosa de Kwanzas em seus bolsos.




Por esta altura os britanicos questionam a segurança nos aeroportos de Luanda, que apesar de ser muito apertada na sala de embarque do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, talvez mesmo exagerada, o mesmo aeroporto é ligado por estrada pelos terminais domestico e militar que têm uma segurança muito menos controlada.

Este incidente poe novamente o país na mira dos controladores de trafico aereo que haviam até a poucos anos condicionado a frequencia dos voos da TAAG na Europa a obdiencia de determinadas normas internacionais. Um morador de East Sheen que por sinal é editor de uma revista de segurança aeronautica, comentou sobre o incidente que "Se alguem que não pertence ao pessoal da placa pode subir na aeronave, este pode potencialmente fazer de forma secreta algo pior. Se nós não somos capazes de detectar seres humanos, não iremos necessariamente localizar explosivos improvisados, que podem ser muito menor do que um pequeno radio," criticando directamente a administração do aeroporto Angolano acrescentou "Pusemos demasiado enfase na revista dos passageiros e detecção de explosivos de alta tecnologia, mas se a pista em si é descuidada então tudo isto não faz sentido".

Saturday, September 8, 2012

Observações Ociosas

A um tempo a esta parte que tenho estado em casa mais do que tem sido habitual para mim. A ociosidade não é dos meus passatempos favoritos mesmo que na verdade existem sempre mil e uma coisas que se pode fazer quando se esta em casa. Ler, passar tempo no computador ou mesmo estar na sala para ver TV tem a particularidade de deixar-nos na verdade mais atentos aos vários cenários que se vão desenvolvendo a volta de nós. É assim que dei conta da presença desconfortante de uns hospedes em casa pouco cordiais: os ratos!!!..

Estes tipos, que nunca esperam o convite de ninguem, alojam-se em todos os cantos de casa e de tempos em tempos vão saindo para de forma invejavel a qualquer atleta olimpico darem o ar de sua graça. Existem os velocistas que atravessam a sala em velocidades recordistas, os ginastas que fazem acrobacias extremamente perigosas, os futebolistas, que valentemente passam pelas pernas de todo mundo fintando-os sem dar a minima chance de serem travados.... e outros tantos...

Farto de tanta companhia indesejavel, admiti finalmente a presença da senhora gata. A senhora gata é uma cria de cerca de 3 meses. Agil, armada em charmosa, mimosa e muito preguiçosa. Desde que ela chegou, que alguma ordem foi posta na vila olimpica. Ja não se veem "atletas olimpicos" praticando pela vila, certamente que eles ainda andam por ali, mas agora mas desfarçados a James Bond. No outro dia ainda vi a Senhora gata dando educação em um deles que resolveu fazer-se ao fresco em plena presença da nova autoridade. Foi mesmo um tratamento barbaro, eu quase podia chamar aquilo de tortura chinesa se soubesse que a Senhora gata alguma vez tivera estado com os chineses cá do bairro, mas por sorte dela nunca chegou perto deles. É que correm rumores que os chineses andam a caça de tudo quanto tenha 4 patas e ande por ali a solta.

Da minha ociosidade deu para pensar que a Senhora gata esta de facto a fazer um trabalho notavel, o unico problema do momento é que em alguns lugares em casa passamos a ter alguns cheiros muito pouco agradaveis causados pela negligencia da Senhora gata em ir para rua esvaziar-se. Parece que teremos de dar uns correctivos a ela a ver se se porta melhor.