Saturday, December 15, 2012

Novas Urbanizações: o problema do futuro

Parece que finalmente as novas urbanizações começam a ser habitadas. Depois da polemica que se levantou a poucas semanas a respeito do porque tais urbanizações não estavam ainda devidamente povoadas mesmo depois de terem sido concluidas, parece que finalmente as burocracias foram levantadas ou minimizadas.

Pelas instituições públicas, sobretudo entre os funcionários de determinadas empresas bafejadas pela sorte, muitos são os trabalhadores que receberem finalmente as chaves dos apartamentos. Evidentemente, a alegria de ter uma casa propria em zona devidamente urbanizada e com as devidas condições de habitabilidade deixam qualquer um feliz. No entanto, existem contas que ainda não foram feitas e que hão de pesar na devida altura.

Para os que moram em Viana, Benfica, Cacuaco e outras zonas distantes do centro da cidade, sabem muito bem que sacrificios têm consentido para chegar ao centro a horas. Com as novas centralidades certamente que os problemas se vão multiplicar porque os acessos a cidade continuam sendo os mesmos e com muito poucas alternativas.

A partir do momento em que o grosso dos inquilinos das novas centralidades se mudar, certamente o trafico se fará cada vez mais caotico em sentido ao centro da cidade nas primeiras horas da manha e o inverso no final do dia.

Como se não bastasse, as vias de acesso as novas centralidades são praticamente as mesmas.

A partir deste cenário começam a adivinhar-se vários problemas que certamente não foram devidamente aflorados até ao momento e que são transversais. São os casos dos acessos dos serviços de emergência as novas centralidades tendo em conta o factor distância e trafego, a produtividade dos funcionários públicos em função das várias horas que terão de perder no trafego diariamente, as consequências sociologicas para as familias que terão de adoptar um estilo de vida que os obrigará a madrugar para se fazer a horas ao posto de serviço e invariavelmente chegar a casa tarde, multiplicar-se-ão os atrasos e absentismo aos locais de serviço.

Os citadinos de Luanda conhecem como é caotico o transito nos dias de chuva, certamente que nestes dias se registarão muito mais absentismo do que nos dias normais. É facil prever que nos casos das empresas em que muitos funcionários venham a habitar nas novas centralidades, dias haverão que departamentos inteiros não se farão presentes ao local de serviço.

Portanto era de facto necessário que muito antes da implementação destas centralidades se tivessem acautelados estes e muitos outros factores que hão de pesar na estrutura da sociedade, se de facto tais estudos foram feitos, é do conhecimento de muito pouca gente, mas a verdade porém é que as novas centralidades hão de causar muito mais problemas do que se tem previsto até ao momento.


1 comment:

Kady Mixinge said...

Resolve-se um problema, criando-se outros tantos.